quarta-feira, 13 de maio de 2009

ATIVIDADES DOS ALUNOS - TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA UNIDADE 12 - TP3



O MUNDO DE CABEÇA PARA BAIXO


Nasci em 1980, com 14 anos; fui encontrado num barco de madeira, feito de pedra, numa noite escura, em pleno meio-dia, enquanto chovia terrivelmente sobre um sol de fritar bolinhos. Fui levado para casa a pé, numa carreta de boi, puxada por cavalos.

Fui levado para a casa de uma velha, tão velha, que já nem tinha mais rótulo, nem marca. A casa era bonita, mas muito feia, não tinha parede nem teto, só tinha a fechadura.

Todas as noites, às dez horas da manhã, a velha calada, assim dizia, falando silenciosamente:

__Você, um menino de longos cabelos curtos, inteligente pra burro, deve estudar!

O tempo passou e quando me tornei criança, divertia-me vendo os pássaros nadando e os peixes voando, era lindo! Na época, meu pai era farmacêutico porque trabalhava na roça, e, em um belo dia, plantou abóbora e colheu tomate; ficou tão alegre, que de tristeza jogou-se na cama, e dormindo acordou no chão de tão feliz.

O tempo continuou passando e dediquei meus dias à imprensa, pois imprensava gado vivo, para vender bife batido, foi um sucesso. Porém, em um belo dia adoeci gravemente, embora tivesse bem de saúde, tive uma congestão na barriga da perna, por isso tive que ir ao dentista extrair todos os dentes do meu pente, já pensou?

Ah, mais a coisa piorou, pois tentei fechar o nariz para evitar meu último suspiro, mas acabei me defuntando.

Minha vida depois da morte começou com briga; revoltado reclamei contra o caixão, que mais parecia uma canoa, e nem siquer me deram um remo. Mas o pior, é que eu estava tão gordo, que para levar-me ao cemitério, tiveram que dar duas viagens e, ao chegar lá, enterrei o povo e voltei para casa refletindo sobre a vida.

Conclui que a vida é um barco que navega de cabeça para baixo, sobre as ondas de um poço sem água. E nesse momento então, um mudo gritou cochichando: prefiro morrer do que perder a vida. Observei, e seguindo em frente, encontrei um cego que lia um jornal de cabeça para baixo, em branco, sobre a luz de um lampião apagado, a seguinte frase:"Os 12 profetas do mundo eram 4; Elias e Moisés; desde o início do fim!

Autoras: Viviane, Mayara, Elisângela e Elaine.

C.E.M "Rosa Mameri Rade"

Professora : Dansone.

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